Bélgica condena tentativa de golpe Estado no Benim e pede "respeito"
- 07/12/2025
"Seguindo a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), condeno veementemente as ações de um grupo militar que procura tomar o poder pela força no Benim", escreveu Prévot nas redes sociais.
Sublinhou ainda que, com a proximidade das eleições, é "essencial rejeitar qualquer ação que ameace a estabilidade e o desenvolvimento do país".
O chefe da diplomacia belga reafirmou o apoio da Bélgica ao povo beninense e aconselhou os cidadãos belgas residentes no país a permanecerem em casa "até que a situação esteja completamente normalizada".
A CEDEAO também condenou "veementemente este ato inconstitucional", classificando-o como "subversão da vontade do povo beninense", e elogiou o governo e as Forças Armadas por restabelecerem a ordem.
O ato foi igualmente condenado pela União Africana (UA), classificando-o como uma "subversão da vontade do povo beninense".
O presidente da Comissão da UA, Mahmoud Ali Youssouf, condenou a tentativa de golpe de Estado no Benim, sublinhando que "qualquer forma de interferência militar em processos políticos constitui uma grave violação dos princípios e valores fundamentais" do bloco.
Em comunicado, lembrou que os quadros normativos da UA "rejeitam categoricamente" a intervenção militar na governação e afirmam a primazia da ordem constitucional e da legitimidade democrática "como pilares da paz e da estabilidade no continente".
Patrice Talon, de 67 anos, empresário conhecido como o "Rei do Algodão", cumpre o segundo mandato iniciado em 2021 e já anunciou que não se recandidatará em 2026, conforme a Constituição do Benim.
A tentativa de golpe no Benim ocorreu poucos dias depois de um golpe militar bem-sucedido na Guiné-Bissau, a 26 de novembro, que levou à destituição e fuga para o estrangeiro do presidente Umaro Sissoco Embaló.
Um grupo de militares rebeldes anunciou na televisão pública a criação do Comité Militar para a Refundação (CMR), liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri, declarando a destituição do presidente Patrice Talon e o encerramento das fronteiras.
A Guarda Republicana retomou rapidamente o controlo da estação e neutralizou os insurgentes, embora não haja informações oficiais sobre Talon após tiros junto à sua residência.









