Estónia avisa aeronaves russas que atravessem país: "Intercetar e abater"
- 27/10/2025
"Vamos intercetar e abater", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo ucraniano, Andriy Sybiga, por ocasião da visita oficial deste último.
Tsahkna realçou que a NATO tem, há duas décadas, um protocolo para responder a este tipo de situações e "defender o seu território desde o primeiro segundo, desde o primeiro ataque".
Referindo-se ao ataque aéreo de 12 minutos registado há um mês e que Moscovo negou, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia afirmou que os aviões da NATO estavam "prontos a agir" caso se notasse uma "ameaça imediata" à soberania do país báltico.
"Esta não foi a primeira vez que a Rússia testou as nossas capacidades", observou Tsahkna, lembrando incidentes semelhantes nos vizinhos bálticos, bem como na Roménia e na Polónia, onde aproximadamente 10 drones russos sobrevoaram os espaços aéreos.
Tsahkna sublinhou que, graças a este tipo de incidentes, os parceiros da NATO estão a aumentar a coordenação e a reforçar as capacidades.
A Rússia tem sido acusada por vários países da NATO de repetidas violações dos respetivos espaços aéreos desde o início da invasão da Ucrânia pelas forças de Moscovo, em fevereiro de 2022, mas no mês passado várias incursões levaram a NATO a preparar-se para uma eventual escalada do conflito.
No dia 07 de setembro, um helicóptero russo entrou no espaço aéreo estónio perto da ilha de Vaindloo, no golfo da Finlândia, o que levou o Governo de Talin a convocar o encarregado de negócios da embaixada da Rússia para protestar, referindo ser a terceira violação cometida este ano.
Vários drones russos foram vistos a violar os espaços aéreos de outros países como a Alemanha, a Polónia, a Bélgica, a Dinamarca ou a Lituânia, tendo a Estónia convocado uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU e ativado o artigo 4.º do Tratado de Fundação da Aliança Atlântica, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaça a um dos países-membros.
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