Meloni prolonga ajuda militar à Ucrânia (apesar de divergências)
- 29/12/2025
O Conselho de Ministros aprovou na sua última reunião do ano o decreto que prolonga mais uma vez a autorização para enviar materiais e armas para a Ucrânia, um dia antes de expirar o texto que o permitiu prestar essa ajuda aquele país, em guerra com a Rússia, ao longo de todo o ano de 2025.
A medida, que deverá ser validada pelo Parlamento no prazo de 60 dias, não especifica a quantidade de armas ou equipamentos que a Itália fornecerá aos ucranianos, limitando-se a permitir que o continue a prestara ajuda militar ao país até 31 de dezembro de 2026.
O decreto deveria ter sido aprovado há um mês, mas sofreu vários atrasos devido às dúvidas de Salvini, o membro da coligação de direita de Meloni mais relutante em apoiar Kiev.
No entanto, desta vez a exigência de Salvini era meramente semântica, já que simplesmente pedia para eliminar a referência ao apoio "militar" do título do decreto e incluir uma referência à assistência logística e à população civil.
"O nosso pedido é que se tenha em conta que nos últimos três anos algo mudou. Agora, há uma negociação aberta e, portanto, mais do que enviar armas para atacar ou destruir, apostamos na estratégia defensiva e na proteção dos civis", manifestou Salvini em entrevista à emissora 'Radio Libertà'.
O comunicado do Conselho de Ministros, divulgado no final da tarde de hoje, refere que Itália apoia "a autorização para ceder meios, materiais e equipamentos militares" às autoridades ucranianas, mas "com prioridade para os logísticos, sanitários, de uso civil e de proteção contra ataques aéreos, míssil, com drones ou cibernéticos".
Após a aprovação do decreto, fontes da Liga, o partido de Salvini, expressaram a sua "satisfação" com um texto que, disseram, "prioriza os instrumentos defensivos, logísticos e sanitários".
Por outro lado, o decreto-lei renova até 4 de março de 2027 as autorizações de residência por proteção especial aos ucranianos que tenham fugido da guerra e se encontrem em Itália.
Além disso, o texto introduz normas para a proteção dos repórteres 'freelancer' ou autónomos que fazem a cobertura do conflito no terreno, obrigando os seus editores a segurá-los, e destina um fundo estatal de 600.000 euros para cursos de formação bélica para jornalistas.
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