OE2026: CDS pede "maturidade política" ao PS na especialidade
- 27/10/2025
"Esta maioria não se deixa condicionar por greves da função pública à sexta-feira, que outro dia poderia ser, nem por manifestações oportunistas no dia em que começamos a discutir este orçamento. Este Parlamento é um Parlamento livre, que não está sujeito a qualquer tipo de tutela e que não trabalha sob pressão, e é por isso que vamos aprovar este orçamento que é um bom orçamento e que vai no caminho certo", afirmou.
No debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2026, Paulo Núncio procurou contrariar as críticas da oposição e considerou que "quem não consegue fazer oposição fica-se pelo fala-barato".
"Para as oposições, o país está mal, o país está muito mal. Há quem diga que este orçamento é um orçamento irrealista, outros que é minimalista, outros ainda que é ganancioso, que é mais do mesmo, e há mesmo uns que falam num orçamento de fim de fila. Há críticas para todos os gostos, mas são todas absolutamente infundadas", defendeu.
Na sua intervenção, Paulo Núncio pediu "responsabilidade e maturidade política" ao PS "na discussão e votação na generalidade e na especialidade deste orçamento que promove o crescimento económico e contas públicas equilibradas".
O deputado do CDS-PP destacou que o Orçamento do Estado para o próximo ano "não aumenta um único imposto", desce o IRC para 19%, reforça o investimento em Defesa (área governativa liderada pelo partido), prevê uma "dívida pública abaixo de 90% pela primeira vez desde 2009" e "aponta para o terceiro excedente orçamental consecutivo pela primeira vez na história da democracia portuguesa".
Na resposta, o primeiro-ministro referiu que Portugal vai "cumprir em 2026, com o sucesso que será difícil, mas é alcançável, com um novo 'superavit', quatro anos consecutivos de contas públicas positivas", considerando que é "uma trajetória absolutamente invulgar no contexto internacional global e no contexto europeu".
Luís Montenegro destacou que esta questão, aliada à "diminuição do volume da dívida", poderá atrair mais investimento para o país.
"Estes elementos não são resultados finais, mas são instrumentos poderosíssimos para que o resultado final seja alcançado. E o resultado final é mais rendimento, mais qualidade de vida, maior possibilidade de nós darmos uma realização a cada um dos nossos indivíduos a cada um dos nossos compatriotas", sustentou.
Luís Montenegro assinalou também que o aumento das pensões decorrente da lei terá "um impacto de 700 milhões de euros, 144 dos quais têm a ver exclusivamente com o efeito do crescimento da economia".
Leia Também: Marques Mendes não quer "falar mais" de André Ventura








