OE2026: Raimundo diz que quem viabilizar vai responder perante população

  • 27/10/2025

Durante o debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2026, na Assembleia da República, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, começou por questionar o primeiro-ministro sobre o "milagre económico tão apregoado" pelo líder do Governo, quando defendeu que a descida do IRC levaria a um aumento nos salários.

 

"Como a realidade sempre demonstrou, a descida dos impostos sobre os lucros vale zero nos salários e não representa praticamente nada na vida difícil dos pequenos empresários que fazem das tripas coração para aguentar os seus negócios", atirou o líder comunista.

Na réplica, sobre esta matéria, Luís Montenegro disse não saber o que significa um "milagre económico para o PCP", acrescentando que para o Governo significa que "as pessoas têm mais rendimento ao fim do mês e que as pessoas têm condições de poder cumprir os seus objetivos, de ter mais oportunidades e poder ter mais resposta dos serviços públicos".

"O ano passado, em 2024, isto é um dado objetivo, Portugal foi o país, na OCDE, onde os rendimentos dos trabalhadores, eu vou repetir com a ênfase de um comunista, os rendimentos dos trabalhadores mais subiu. E subiu por via de duas circunstâncias: pela diminuição dos impostos sobre os rendimentos do trabalho e pela valorização dos salários, pelo aumento dos salários ", detalhou.

Raimundo argumentou também que "quem permitir, de forma clara ou encapotada, que este orçamento" seja viabilizado "não se livra de ser "cúmplice e protagonista da política que está em curso e mais cedo ou mais tarde vai responder perante a juventude, os trabalhadores e as populações".

Para o líder do PCP, o "país não precisa deste caminho" e deve seguir um outro rumo, "o rumo de soberania, que coloque quem trabalha no centro da sua opção política". "Tudo ao contrário do que está a ser feito", acrescentou.

O primeiro-ministro respondeu que, embora o PCP tente "impor à opinião pública" um cenário de desastre, "ninguém reconhece que é essa a realidade do país", acrescentando que a visão do PCP "é irrealista".

"Eu não sou daqueles que diz que está tudo bem porque não está. Eu não sou daqueles que vive na ilusão de que já fizemos tudo e que até já fizemos o mais importante, porque nem fizemos tudo nem fizemos o mais importante, mas estamos a fazer coisas muito importantes", acrescentou.

Luís Montenegro concluiu reiterando a ideia de que alguns militantes comunistas, olhando para o programa do Governo, se sentiriam tentados a votar nos partidos que suportam o executivo.

"Eu já lhe disse uma vez num debate que alguns comunistas olhando para o programa político e para a execução do programa político deste Governo se sentiriam tentados a votar nestes partidos e cada vez mais eu sinto que é isso que vai acontecer no futuro", atirou.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/politica/2877848/oe2026-raimundo-diz-que-quem-viabilizar-vai-responder-perante-populacao#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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