ONU denuncia execuções sumárias por paramilitares após tomarem Al-Fashir

  • 27/10/2025

O organismo dirigido pelo Alto Comissário. Volker Türk. recebeu informações sobre execuções de civis que tentavam fugir de Al-Fashir após a sua conquista no domingo, indica-se num comunicado.

 

"Vídeos perturbadores recebidos pelo gabinete mostram dezenas de homens desarmados a serem baleados ou mortos no chão, rodeados por combatentes das Forças de Apoio Rápido [RSF, na sigla em inglês] que os acusavam de lutar com o exército", acrescenta-se na nota oficial.

Muitas das execuções parecem ter motivação étnica, indicou Türk, que pediu ações urgentes para garantir a proteção dos civis e permitir-lhes uma saída segura.

O gabinete de Volker Türk denunciou também a detenção de centenas de pessoas que tentavam fugir da localidade, incluindo um jornalista, e expressou o receio de que mulheres e meninas sejam vítimas de violência sexual, tendo em conta os graves antecedentes na região.

Os intensos bombardeamentos à cidade entre 22 e 26 de outubro, que terminaram com a rendição da sexta divisão de infantaria do exército sudanês, também causaram a morte de civis, entre eles trabalhadores humanitários voluntários.

Outros agentes humanitários foram executados quando tentavam levar alimentos à cidade sitiada, acrescentou o comunicado.

O escritório das Nações Unidas indicou que, por enquanto, é difícil estimar o número de vítimas desses abusos, acrescentando que, juntamente com essas violações dos direitos humanos em Darfur, também foram recebidas denúncias de execuções sumárias por parte das RSF na cidade de Bara, no estado vizinho de Kordofán do Norte, capturada pelo grupo paramilitar no mesmo fim de semana.

Os executados tinham sido acusados de apoiar o exército sudanês, que enfrenta os paramilitares desde o início do conflito.

"Recordo aos comandantes das RSF as suas obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário, que incluem a proteção dos civis e a garantia do transporte seguro de bens essenciais e assistência humanitária", reiterou o Alto Comissário.

A guerra no Sudão, que começou em abril de 2023, já provocou dezenas de milhares de mortes, obrigou mais de 13 milhões de pessoas a abandonar as suas casas e fez do país a pior crise humanitário no mundo, segundo a ONU.

Leia Também: Governador do Darfur do Norte pede proteção para os civis e deslocados

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2877814/onu-denuncia-execucoes-sumarias-por-paramilitares-apos-tomarem-al-fashir#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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