ONU renova por mais 6 meses missão de paz nas colinas de Golã sírias
- 29/12/2025
Os quinze membros do Conselho de Segurança votaram a favor da renovação da missão, estabelecida em 1974 como uma espécie de 'barreira' entre o Golã sírio, ocupado por Israel, e o restante da Síria, e que tem sido renovada sistematicamente, mesmo durante os anos da guerra civil síria.
Segundo a página da UNDOF, a força é composta por 1.224 pessoas, ou seja, uma missão relativamente pequena comparando com outras missões de paz que a ONU tem, principalmente em África e na Ásia.
A queda do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, e a tomada de posse do novo Governo sírio permitiram a Israel avançar territorialmente no Golã, ocupando assim esta 'zona de barreira' controlada pela UNDOF e até mais além, dentro do território da Síria.
O representante da República Árabe Síria, Ibrahim Olabi, afirmou hoje durante o Conselho que "Israel deve retirar-se do Golã ocupado".
"Há atividades de fortificação na zona de separação", disse Olabi, acrescentando que "não há indícios de que Israel tenha a intenção de se retirar por enquanto".
O representante sírio pediu que a UNDOF possa movimentar-se "livremente" sem acompanhamento das forças israelitas, e que esse país "cumpra as resoluções do Conselho".
As colinas de Golã são um planalto estratégico, que Israel conquistou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, antes de anexá-lo formalmente em 1981.
A paisagem montanhosa, que se estende por cerca de 1.295 quilómetros quadrados, também faz fronteira com a Jordânia e o Líbano.
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