Reféns primeiro, ação para depois: "Nunca reconhecemos o Estado Islâmico"

  • 21/09/2025

O presidente do Chega, André Ventura, fala, este domingo, acerca do reconhecimento do Estado da Palestina, defendendo que acima de tudo que os reféns feitos pelo Hamas sejam libertados.

 

"Sempre dissemos que há um caminho que tem de ser feito, mas esse caminho também tem de passar que os reféns sejam libertados. Estamos a aceitar que terroristas mandem em determinadas partes do mundo quando têm reféns sequestrados e não os libertam", disse em declarações aos jornalistas em Viseu.

Confrontando sobre se concorda ou não com o reconhecimento do Estado da Palestina, no dia em que Portugal vai dar este passo, Ventura não disse assertivamente nem sim, nem não: "Independentemente dos caminhos que têm de ser feitos, os terroristas do Hamas têm de libertar os reféns. e acho que essa é a posição que os mais avançados países do mundo têm tido e é a posição que Portugal deve ter. Não tem que ver com pedir a Israel que se abstenha de cometer atos que violem os direitos humanos, isso é uma parte importante, mas também pedir aos terroristas que entreguem as pessoas que raptaram. É exigir que entregue reféns, pare com atos de terrorismo. Nós também nunca reconhecemos o [autoproclamado] Estado Islâmico. Nunca reconhecemos os países que eram dominados pelo [autoproclamado] Estado Islâmico. Porquê? Porque eram terroristas. Estamos a falar de terrorismo."

Reforçando que é preciso exigir o cumprimento dos direitos humanos, mas também punir o grupo islamita Hamas, Ventura foi confrontado com a posição do CDS, que no sábado defendeu que o reconhecimento "não era oportuno, nem consequente", respondendo: "Isso não me diz respeito. Estou aqui a disputar com os grandes partidos da democracia."

CDS discorda de reconhecimento da Palestina.

CDS discorda de reconhecimento da Palestina. "Efetivação não é oportuna"

O CDS-PP disse hoje discordar da decisão do Governo de reconhecer, este domingo, o Estado da Palestina, considerando que não é "oportuno, nem consequente" e só deveria acontecer no "quadro de um processo institucional de paz".

Lusa | 17:52 - 20/09/2025

"É muito porreiro fazer manifestações de rua. Em muitos destes locais, não há oposição, quem manda numa parte da Palestina são grupos terroristas", acrescentou, dizendo que depois da libertação de reféns e de direitos serem "dados às mulheres", o Chega estará pronto para "fazer essa conversa", falando do reconhecimento.

"Se estas condições fossem cumpridas, acho que Portugal devia começar a fazer este caminho", atirou.

Note-se que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina este domingo, às 20h15 de Lisboa, depois de França impulsionar este passo e 'levar' consigo vários países, entre os quais o Reino Unido e Austrália, que já reconheceram.

A decisão teve o "pleno apoio" do Presidente da República, mas não é unânime na coligação governativa, com o CDS-PP a mostrar-se contra.

Já este domingo, a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros israelita,  Sharren Haskel, afirmou que Telavive está "extremamente desapontada" com Portugal e outros países que se preparam para reconhecer o Estado Palestiniano, criticando "iniciativas unilaterais" que afastam as partes de um compromisso.

Leia Também: "Porque é que haveria de ficar incomodado com alguém que votaria em mim?"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/politica/2857179/refens-primeiro-acao-para-depois-nunca-reconhecemos-o-estado-islamico#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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