Se sofre de enxaquecas, o melhor é deixar estas bebidas de lado
- 29/12/2025
Pessoas que sofrem com enxaquecas têm de ter alguma atenção com o que consomem. A verdade é que existem combinações de alimentos que estão a fazer com que as crises sejam mais agressivas. Especialistas alertam para o consumo de duas bebidas que só pioram a situação.
“A enxaqueca é uma doença neurológica com base genética. Pessoas com enxaqueca têm um cérebro mais sensível que reage a mudanças internas e externas”, começa por dizer Nada Hindiyeh, médica neurologista, à revista Parade.
Existem algumas condições que podem acabar por agravar a enxaqueca, como é o caso do stress, da privação de sono, das alterações hormonais, a desidratação e até a falta de uma alimentação adequada.
"Estes fatores não causam enxaqueca por si só, mas abrem caminho para uma crise em alguém que já tem predisposição", revela o médico Fred Cohen. Assim, é algo que também pode acontecer com o consumo de uma combinação de bebidas.
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Enxaquecas: As bebidas a evitar
Assim, pessoas que sofrem com enxaquecas devem evitar o consumo de bebidas com cafeína em conjunto com álcool. “Um é diurético, o que significa que causa perda de líquidos. O álcool provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, o que pode intensificar a dor da enxaqueca. Contêm substâncias como sulfitos e tiramina, que podem desencadear enxaquecas em pessoas sensíveis", diz o médico Fred Cohen.
Por si só o álcool acaba por afetar o sono o que leva a enxaquecas. Por outro lado, a cafeína pode não levar a este problema, mas sim o consumo constante e exagerado. “Juntos podem não apenas levar a uma ressaca mais severa, mas também aumentar o risco de desencadear uma enxaqueca ou piorar sintomas como dor de cabeça, náuseas e distúrbios do sono.”
Acabam por ser duas bebidas que afetam o sono e podem estar a fazer com que os sintomas de enxaqueca podem ser piores.
Enxaqueca ou dor de cabeça: Sabe reconhecer as diferenças?
Enxaqueca e dor de cabeça não são exatamente a mesma coisa, aponta a CUF em informações disponibilizadas na sua página online. A cefaleia, normalmente designada por dor de cabeça, é uma situação clínica muito frequente. Pode ser um sintoma isolado ou pode estar integrada numa síndrome mais ou menos complexa.
Já a enxaqueca é um tipo comum de dor de cabeça ou de cefaleia. Ou seja, a enxaqueca é uma dor de cabeça, mas uma dor de cabeça nem sempre é uma enxaqueca. Conhecer os sintomas e as causas é essencial para um correto diagnóstico e tratamento.
Tipos de cefaleias
Primárias
São um problema de saúde por si só. Constituem a grande maioria das dores de cabeça.
As cefaleias primárias, por sua vez, podem ser:
- Enxaquecas;
- Cefaleia tipo tensão;
- Cefaleia em salvas;
- Outras cefaleias.
Secundárias
Resultam de outros problemas de saúde, como infeções, traumatismos cranianos, alterações da tensão arterial ou da glicemia.
Como reconhecer uma enxaqueca
A enxaqueca é uma das formas clínicas mais comuns de cefaleia primária ou idiopática. É uma afeção do cérebro e pode ser hereditária. Em Portugal, a prevalência da enxaqueca ao longo da vida é de 16%. Manifesta-se por crises que podem durar entre 4 e 72 horas.
A dor é descrita como unilateral, pulsátil (o coração parece bater dentro da cabeça) e de intensidade moderada a severa, agravando-se com a atividade física, com a luz e com o ruído. Em alguns casos, a enxaqueca associa-se a náuseas e vómitos ou mesmo a sintomas neurológicos sensitivos (formigueiros ou dormência na face ou membro) e visuais (perceção de pontos, linhas ou figuras luminosas), as chamadas auras.
Como reconhecer uma cefaleia
A cefaleia de tensão caracteriza-se por uma dor mais leve, do tipo pressão ou aperto, com localização bilateral, e que não se agrava com a atividade, associando-se mais com a intolerância ao ruído. Na cefaleia em salvas, a dor é mais severa, unilateral com localização orbital (à volta do olho), supraorbital (acima do olho) e/ou temporal (na têmpora).
Existem ainda outros tipos de cefaleias, como a cefaleia primária de tipo guinada, que dura alguns segundos, a cefaleia primária de esforço, que ocorre após o exercício físico, e a cefaleia primária associada a atividade sexual.
O diagnóstico do tipo de cefaleia é feito a partir da história clínica (entrevista e exame físico, designadamente exame neurológico), mas em alguns casos o médico pode pedir exames complementares, como ressonância magnética ou TAC cerebral.









